O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força da mesa da presidência da Câmara dos Deputados na terça-feira, 9 de dezembro de 2025, por ordem do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), após ocupar a presidência durante uma sessão que debatia um possível projeto para reduzir as penas de condenados pela tentativa de golpe de 2022.
Braga protestava por ser alvo de um processo de cassação considerado ‘forjado’ e recusou-se a deixar a mesa, o que desencadeou uma ação imediata da polícia legislativa.
A remoção foi realizada com violência extrema por agentes da Polícia Legislativa, que enforcaram o deputado com um mata-leão, e antes da ação, Motta determinou a retirada da imprensa do plenário e o corte do sinal da TV Câmara, impedindo o registro das agressões, seguindo protocolos de segurança.
A assessoria do presidente da Câmara, Hugo Motta, classificou a retirada da imprensa como uma medida interna, sem detalhar se foi uma ordem direta, gerando acusações de censura, e as ações de Hugo Motta geraram críticas e acusações de favorecimento a grupos bolsonaristas, em contraste com a repressão ao protesto de Glauber Braga.
Em contraste, Motta foi criticado por sua postura branda em relação a uma ocupação anterior da mesma mesa por bolsonaristas, que durou mais de 36 horas, e a tática utilizada por Glauber Braga foi comparada a uma ocupação anterior por apoiadores de Bolsonaro na Mesa Diretora, na qual o então presidente Arthur Lira negociou uma solução após mais de 36 horas.